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A mostrar mensagens de agosto, 2018

Às vezes até me esqueço que são só crianças…

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Já repararam na velocidade a que as férias passaram?  Já repararam que mais dia, ou menos dia,  estaremos encarregues de mais um grupo de crianças e que, defenderemos com unhas e  dentes, os seus interesses? Ano após ano, vamos desenvolvendo a capacidade, incrível, de refletir no nosso percurso profissional, nos anos anteriores,  sempre com o objetivo de melhorar e de crescer. A nossa profissão pressupõe isso mesmo,  olharmos para o passado, com o objetivo de irmos corrigindo erros, aproveitando boas  práticas, mas acima de tudo, de ter a capacidade de mudar, consoante as crianças que teremos, Mesmo sem o ano ter começado, há já quem tenha documentos prontos, projetos a realizar pensados e tudo isto, em prol do interesse das crianças ( que irão ter), embora algumas ainda  nem se conheçam...  A nossa capacidade de previsão é de tal forma precisa, que se planeiam as atividades com bastante  rigor, antecedência, consoante, claro, o interesse de quem teremos a nosso cuida

Sabes mãe, fui à praia, estava bandeira verde e só me deixaram molhar a ponta dos pés

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O tempo está encoberto, aqueles que continuam na escola, fazem praia. Em círculo estão sentados na toalha, a aguardar as ordens dos adultos para que se possam levantar e, assim, possam fazer o que melhor sabem, brincar. Brincam dentro do círculo, desenhado com toalhas de forma rigorosa. A bandeira está verde e,  code acordo com a canção, "bandeira verde, podes nadar"...  Chega a hora desejada do banho. Os adultos chamam os mais pequenos, alertando-os para que tudo fique arrumado e assim, possam ir nadar. Dois a dois, começam a formar o comboio em direção ao mar. Um adulto segue à frente, outro no meio e no fim do comboio, segue mais um. Em passo lento caminham até ao sítio onde se irão banhar. O mar está mesmo à sua frente e a vontade de ir a correr para dentro do mar é enorme.  Estão-se a aproximar, o coração pula de tal forma, que sorriem de uma forma incrível, aquele momento pelo qual tanto esperam aproxima-se, mesmo! Estão a uns

Os meus filhos estão de férias e eu estou ansiosa que comece a escola

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Para muitos, a chegada do mês de agosto, é sinónimo de férias… de férias em família. A grande maioria das escolas fecha e os pequenos guerreiros, que se aguentaram um ano inteiro sem faltar, têm agora a possibilidade de descansar do seu trabalho.  Sim, é verdade, tal como os adultos, as crianças também se cansam, também precisam do seu momento de descanso.  Ao longo do tempo, vamos vendo e ouvindo pais que referem que as escolas deveriam estar abertas todo o ano, que as escolas deveriam manter atividades que ocupasse os filhos durante todo o ano… Mas, de facto, a escola “apenas” pretende apoiar a educação que os pais iniciam em casa…  As férias não são mais do que momentos que se pretendem de família, em que os laços se tornam mais fortes, em que as crianças e os pais planeiam atividades que vão ao encontro da diversão, da relação, da cumplicidade e da valorização familiar.   Durante o ano, vamos vendo diferentes necessidades familiares, em que os pais, e de form

O que fazem de mal em casa, aprenderam na escola

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Tudo o que aprendem a fazer, aprendem na escola! Uma velha máxima que surge ao longo dos tempos. Nos diálogos que vamos estabelecendo, diariamente, tentamos mostrar aos pais as experiências que as crianças vão tendo, valorizam-se os comportamentos, as tentativas e até os erros. Os pais demonstram contentamento por cada nova aprendizagem que os mais pequenos fazem, e, orgulhosamente, vão mostrando o que os filhos já conseguem fazer. Mostram na escola, em casa, onde seja permitido fazer, e envergonhadas, as crianças, vão mostrando mais uns truques que aprenderam e que fazem os pais, familiares e os adultos felizes. Mas, se o que fazem bem foi algo que aprenderam em casa, a escola acaba por ser um refúgio para as aprendizagens erradas e para as teimosias que, até então, não tinham. A escola acaba por ser a justificação para comportamentos que não tinham, para as palavras que não usavam,... só a escola. Se demonstram vontade de atirar todos os objetos ao ar, foi na esco

Silêncio, que o barulho faz mal aos adultos!

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O ano já vai longo, o cansaço de todos, também, e os mais pequenos, continuam com as pilhas que parecem inesgotáveis: berram diariamente, falam alto, cantam alto, alto, alto, alto, e mesmo que não fosse, para os adultos continuava a parecer, alto!! São miúdos e estão em atividade, e se assim estão, é sinal de entusiasmo, motivação, interesse, o estado puro de ser criança... estão a brincar! Mas atenção, se o brincar passa os limites, se eles estão tão envolvidos que o chinfrim é tanto, há uma voz que surge, demonstrando já algum cansaço, e diz mais alto: silêncio, que o barulho faz mal aos adultos!!! Faz?! Mas o que é o barulho? O que eles estão a fazer é barulho? Se olharmos para a satisfação, para a brincadeira, certamente, vamos verificar que o nível de envolvimento é de tal forma elevado, que tudo à volta desapareceu, e a brincadeira está agora embutida no campo da imaginação, em que os barulhos, que os adultos ouvem com os ouvidos já cansados, não são mais do que sinais claros d