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A mostrar mensagens de outubro, 2018

Serei um educador de primeira, de segunda ou de terceira?

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Somos todos educadores, somos todos agentes envolvidos com a educação, e que, promovem a educação, que promovem uma boa educação, ou seja, uma educação de qualidade. No entanto, de forma um pouco ingrata, continua a existir uma discrepância enorme entre os educadores que estão no privado, os que estão nas IPSS e ainda, os que estão no ensino público. Em reuniões conjuntas, onde se prevê uma boa relação entre todos, onde se prevê a transmissão de conhecimentos, onde se prevê a partilha de saberes e de situações, onde se prevê a partilha de práticas, os olhares, as atitudes nem sempre são sinceras... Somos discriminados com a nossa classe. De facto, e porque assim é a nossa sociedade, existe mesmo um afastamento, atrevo-me a dizer mais, uma desvalorização nos diferentes contextos. Quezílias à parte, desvalorizações aparte, somos todos profissionais de educação, educadores e, independentemente do local onde se trabalhe, valoriza-se o mesmo, as crianças. Se esta discrepânc

"o meu filho faz 5 anos, o que pretende fazer para a passagem para o 1 ciclo?"

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A escola iniciou-se há cerca de 1 mês. Vindos de tempo de férias carregam na mochila as experiências que tiveram no verão. Passado um mês tornam-se, calmamente, evidentes as necessidades de cada um, os interesses, as dificuldades, mas mais do que isso, as curiosidades. Este conhecimento prévio, esta observação inicial, torna-se de tal forma rica somente pelas observações, que tende a incluir todas as áreas de conteúdo e, não apenas, as áreas socialmente mais valorizadas: português, matemática. Esta observação torna-se de tal forma importante, que apoia a brincadeira e tudo o que dela parte. Aliás, observa-se durante o processo do brincar, sem a necessidade de preencher documentos padronizados, onde de acordo com o "diz que disse", importante é ter evidências, mesmo não sendo adequadas ao grupo, mesmo não sendo elas reflexo da aprendizagem e do conhecimento que fazem e/ou trazem de casa. Perante isto bastaria, no fim, aplicar uma quantificação de nota, para que,

Para de brincar com a areia, estás a fazer pó.

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A chuva ameaça aproximar-se, mas enquanto não aparece, a rua tem sido um espaço, frequente, de brincadeira. Mas afinal, valerá a pena apostar no espaço exterior como espaço de aprendizagens? Apesar de ser um espaço fabuloso, verde, cheio de árvores, com terra e amplo não proporciona as atividades que são exigidas Não se treina o estar sentado para o 1º ciclo, não se desenvolve o grafismo, que tanta falta irá fazer aquando a transição para o ciclo seguinte, não se desenvolve a contagem, não se recorta, não se aprende a escrever os números e, muito menos, o nome.   Como podem treinar os conjuntos?  Como podem desenvolver a criatividade?  Como podem treinar o estar sentado a uma secretária?  Como podem desenvolver experiências? Como podem ser crianças empenhadas nas competências a adquirir para o 1º ciclo? Na rua há pó, terrível para   as alergias das crianças (e dos adultos). Na rua sujam   as calças e, às vezes, até às rompem, e isso é uma chatice para os

Vão em grupo, sem bibes e sem chapéus de uma só cor

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As paredes desmoronaram-se e mostraram que, lá fora, há um mundo de explorações à nossa espera. As janelas deixaram de existir e deram lugar a árvores, ramos e folhas. As portas de madeira, que fecham a sala, abriram-se sob o olhar atento dos mais pequenos e, lá fora, os pés encaminham-se a passos largos e apressados rumo à aventura, rumo à curiosidade, rumo à exploração. Encaminhados pelo sol, saem da sala na esperança de que as adaptações continuem, na esperança de que a rua lhes traga mais experiências que não podem ter na sala, na esperança de os alertar para tudo o que está à sua volta e, assim, a rua seja o prolongamento da sala, seja valorizado e considerado como um espaço pedagógico rico em aprendizagens.    Porque continuamos a insistir em nos mantermos fechados em salas, quando o sol nos convida a espreitar cada canto? Como diz o Professor Carlos Neto, “Hoje em dia passeiam-se mais os cães do que os próprios filhos.” É, de facto, uma verdade.    Nas