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A mostrar mensagens de fevereiro, 2019

Por favor, não contem aos pais que eles andaram fora da sala, chegaram cansados e dormiram!

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A sala perdeu as paredes.  As pernas tornam-se o melhor meio de transporte e levam-nos até onde cansaço nos permitir. Apesar de largos minutos  a andar, a vontade em continuar não desaparece, a vontade em explorar outros sítios aumenta e, a cada canto, encontram-se verdadeiras obras de arte.  Alegres, mostram caminhos, pormenores do bairro, casas conhecidas, cantos que lhes transmitem memórias e que são fruto de conhecimento que iniciaram em casa.  Que caminhos seguimos, os que os adultos querem, ou aqueles que os mais pequenos definem?  Saímos à rua e, apesar de cansados, foram até onde os olhos deixam alcançar, foram olhar o rio de um ponto alto, até viram a outra margem, olharam as peças de arte expostas na parede,  e com isto, viveram momentos que na sala não poderíamos sentir, ouvir, cheirar, apreciar, ou simplesmente, viver.  Que obras de arte encontramos? Todas, casas pitorescas, calçadas gastas e cheias de histórias, vidas que passavam por nós, em passo apr

Eu quero ser professor, como tu!

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O que queres ser quando cresceres? Bem cedo, é uma pergunta recorrente a fazer a crianças e jovens. É uma pergunta que se ouve sem medida, que se faz a qualquer criança, de qualquer  idade. Partindo desta pergunta, a maioria dos educadores, explora a temática das profissões em sala: polícias, bailarinos, bombeiros, professores, tratadores de animais,... uma panóplia de sugestões que mais parece uma lista de supermercado.    Torna-se engraçado verificar que, até mesmo após o nascimento, e em jeito de brincadeira, os pais dizem, “pode ser que venha a ser médico”. Como se isso fosse realmente o modo de atingir a tão desejada felicidade. E desta forma, até logo após o seu nascimento já estão a ser invadidos com esta pergunta!  Mas a pergunta persiste, em creche, em pré-escolar, no 1º ciclo, no 2º ciclo e no 3º ciclo, e ano após ano até chegarem, finalmente, ao 9 ano, existe a tão desejada decisão durante esse mesmo ano: que curso seguir, que área seguir. Decidem-se obj

Eu não te carreguei 42 semanas para isto!

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O jardim de infância é um espaço fabuloso de relação. Um espaço onde se promovem socializações, interações, se vinculam relações, um espaço cheio de oportunidades de crescer em micro sociedade , onde cada um, assume responsabilidades, tarefas, olha pelo outro e ajuda-o a ir mais além! Este espaço torna-se tão rico como o educador o quiser, tão rico como o educador o permitir. As competências que se desenvolvem diariamente leva a que, a nível futuro, vivam as relações sociais alicerçadas no respeito e na valorização pessoal, na valorização do outro. Trazem, tantas vezes, problemas de casa, e em grande grupo ou de forma individual, vão sendo debatidas, com o intuito não de saber mais, mas de as ajudar a lidar com cada problema e com cada preocupação. É uma verdade que, na grande maioria, os adultos nem se percebem da capacidade de compreensão destes pequenos, não se apercebem de que, mesmo com 3 anos entendem as atitudes, as zangas, as contrariedades que ocorrem em c

Serei eu o saco de boxe da sua filha?

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Diariamente, a classe docente vive num campo de batalha. É uma guerra de emoções, de sentimentos, onde se vive, cada vez mais, a dificuldade de lidar com as frustrações e a forma como as birras se tornam o meio recorrente de o demonstrar.     Lidar com estas problemáticas leva ao cansaço, à exaustão. Mas, a nossa profissão leva-nos   à procura de novas estratégias para atenuar estes comportamentos em sala, ou simplesmente, para os ajudar a viver com esses sentimentos e torná-los em formas de expressão aceitáveis. Fala-se e torna-se frequente, a utilização da expressão, educar para os sentimentos, para as emoções. Num mundo ideal, perfeito e utópico, dever-se-ia tornar a educação num processo equilibrado de emoções e sentimentos, alicerçados no respeito mútuo e no autocontrolo de personalidades.   A sociedade valoriza, de forma por vezes excessiva, tudo o que acontece em prol das crianças/adolescentes. Toda a gente julga quando um pai bate no filho, quando a mãe ralha com