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A mostrar mensagens de junho, 2020

A Educação pré-escolar já terminou, agora vem a escola a sério!

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Depois de estarmos tanto tempo em casa, já tinha saudades dos meus amigos e dos adultos da minha sala! Quando regressei, estava tão contente, porque finalmente iria poder brincar novamente com todos eles, podia fazer trabalhos, podia brincar na sala e na rua. E sabes, quando fui para a escola, primeiro, achei um bocadinho estranho, porque todos os adultos estavam com máscaras e escondiam aquilo que eu mais gostava de ver, o sorriso, que era o que me fazia voltar todos os dias. Mas olhava para os olhos e percebi como estavam felizes por nos verem. No início quase nem me tocavam porque todos tínhamos medo, diziam na televisão que tínhamos de estar afastados, e os meus pais avisaram-me em casa, tens de brincar sozinho, e não podes tocar em ninguém . Eu bem tentei, mas como é que isso seria possível? Brincámos tanto! Enquanto brincávamos, divertimo-nos tanto, fizemos construções, corridas, subimos às árvores. Aproveitámos a rua mais do que nos outros dias. Soube tão bem!

Esses anjos, vestidos de gente

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Se algum dia alguém vos dissesse, “são anjos vestidos de gente”, saberíamos a quem se referiam? Certamente que não relacionaríamos logo a quem, ou a quê, e ficaríamos intrigados a quem fariam tal comparação. De facto, quem o diz, di-lo com o coração, lê cada alma, cada vida, cada vivência e experiência. Lê e faz a leitura pelo crescimento dos que estão à sua volta e, de lágrimas no rosto, entrega mesmo sem saber que rumo tomarão esses ditos anjos. A esses anjos que se esforçam para acompanhar cada tarefa, cada passo, cada abraço, cada sentimento, cada um, são anjos, dizem, porque esses anjos, não vestem asas, não voam, mas fazem voar, fazem sentir, fazem crescer e crescem com eles. Esses anjos são, esses anjos sentem, esses anjos vivem, esses anjos constroem, esses anjos… quem serão? O agradecimento ganha corpo, voz, olhar, sentir, ganha o encanto que ninguém consegue pintar, torna-se uma tela de cores, com tintas tão raras, puras e sentidas, tintas que não se vendem em

Na escola (quase) todo o espaço natural está vedado

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As escolas voltaram a ter vida, sorrisos e risos. As equipas regressaram cheias de esperança de que tudo passará e que as crianças que receberão, tornarão os seus dias mais felizes e, os adultos, permitirão que as crianças tornem cada dia especial, um dia de oportunidades.  Aconselhados pela DGS a rua vai tomando o seu lugar de destaque, vão se definindo momentos nos espaços exteriores, momentos que andaram esquecidos pelos tempos.  A rua, mais do que nunca, tornou-se um espaço a valorizar, a explorar e a tornar intencional nas planificações diárias dos adultos.  De facto, com estas mudanças, até que ponto mudamos a nossa forma de olhar para a educação de infância, para os espaços exteriores e, principalmente, para as crianças?  A realidade é que as preocupações escolarizadas se mantiveram: o uso e abuso de fichas tornou-se uma forma de ocupar, mais do que uma forma de se fazer educação, levando a que, por vezes repetidas, se tornassem como verdadeiras competições en