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A mostrar mensagens de março, 2020

Quanto tudo isto terminar…

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Quanto tudo isto terminar, parecerá que acordamos de um pesadelo.  Quando tudo isto terminar, olharemos para o tempo em que a liberdade nos foi tirada, em que as casas se tornaram verdadeiras prisões, bunkers , protegendo quem neles se abrigam.  Quando tudo isto terminar, reconheceremos a importância das relações, da família e de tudo o que deixamos passar na vida. Reconheceremos que tudo o que guardámos, que tudo o que temos é fútil…vamos aprender a valorizar o que é para valorizar! Quando isto terminar, vamo-nos recordar do quanto o abraço, o beijo e a presença nos fizeram falta. Faremos relembrar o real significado da palavra saudade, para com aqueles que gostamos, que amamos e que, tendo em conta a situação, nos impede a aproximação. Lembrar-nos-emos da saudade.  Quando tudo isto terminar, tornar-nos-emos conscientes de que somos todos iguais, sem distinção de raças, de poder económico, de ideais políticos, de religião, de sexo,… somos seres humanos, iguais. 

A nossa casa é (...) a sala de aula.

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Estamos a viver um estado que nunca imaginamos viver. Estamos confinados aos poucos metros que as nossas casa têm. Estamos enclausurados no nosso próprio espaço, sem poder sair ou, sequer, sentir o sol no nosso corpo. Estamos, simplesmente, a reaprender a conviver, a dar tempo à família, aos filhos e aqueles de quem mais gostamos. Os contactos tornam-se constantes e as videochamadas uma necessidade. Somos feitos de relações e é isso que nos faz seres, é isso que nos faz e nos ajuda a crescer. De facto, não somos seres individuais, somos indivíduos que partilham, que se dão, que recebe, que abraçam, que vivem, que amam, que medeiam, que se relacionam. Somos aqueles que precisam de estar com o outro e para outro. O tempo de família é outro, estamos fechados e com os filhos acabam por surgir atividades que lhes preencham o dia, porque será, certamente, um tempo de pôr os nervos em franja a muitos pais. As pilhas não se gastam, a energia não termina e o tempo

A covid revela o melhor e o pior do ser humano.

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Estes dias têm sido de loucura. Andamos ao sabor de uma pandemia, ao sabor do que vemos e ouvimos através dos media . Tornamo-nos uma verdadeira debandada que anda de lá para cá e de cá para lá, movida pelo medo e pela incerteza. Tornamos o Cuquedo no verdadeiro monstro e espelhamos nele os nossos maiores receios! Mas, neste tempo de isolamento social, de quarentena, há muito a aprender, há muito a refletir e há muitos exemplos a dar aos mais pequenos. Até estes dias, incentivava as brincadeiras ao ar livre, como forma de aprendizagem, como forma de relação, de crescimento, de aventura, de risco. No entanto, agora, o incentivo é contrário. Mantenham-se em casa e mostrem aos mais pequenos uma forma de estar, diferente daquela que sempre tivemos. Ensinem-lhes a respeitar o outro, a viver a família, a viver a solidariedade, a viver o sentido de sociedade. É verdade que os exemplos nem sempre são os melhores e que, em época de pandemia, ou de sobrevivência, most

Vais mudar de escolinha, tens de (...) aprender a (...) escrever as letras...

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Ao chegar ao último ano da Educação Pré-escolar surgem, também, as ansiedades de quem acompanha os pequenos. Sabendo que, parte do grupo é designado como finalista, tudo se começa a preparar nesse sentido: O que fazer na festa de final de ano, que música, que diplomas, que cartolas escolher, o que valorizar nas atividades que se preparam, que competências têm de estar consolidadas, uma panóplia de questões que fazem girar todo o trabalho em torno desta temática, ser finalista! No entanto, ao responder a todas as questões a passagem para o 1º ciclo prevê-se tranquila e, assim, jamais será posto em causa o bom nome do educador. A terminologia finalista impõe-se de tal forma que, até as crianças mais novas começam a fazer contas à vida para saber quando serão eles os finalistas, tal é a imposição e valorização do termo no dia a dia. E para quê? As atividades começam a girar na preparação desta transição e, mesmo que não se queira, há a necessidade de trabalhar as letras, os númer