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A mostrar mensagens de julho, 2019

Esta é a educação que (...) renasce das cinzas

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Cansei-me de refletir.  Cansei-me de ir aí encontro dos seus interesses.  Cansei-me de ser um educador que os desafia.  Cansei-me de questionar as grelhas que me obrigam a preencher.  Cansei-me de apostar na mudança.  Cansei-me de lutar por aquilo em que acredito, porque afinal, é um caminho solitário.  Cansei-me de defender, com unhas e dentes, a educação de infância em prol das crianças, porque são os adultos que mandam nela.  Esta é a educação de hoje.  Esta é a educação que valoriza os números e não as conquistas, que valoriza as percentagens possíveis de serem reflectidas em gráficos estatísticos comparativos.  Esta é a educação que vive atolada em papéis e grelhas, que não reconhece as potencialidades dos futuros adultos.  Esta é a educação que atira areia para os olhos de todos, que faz com que caminhem todos no mesmo sentido por caminhos já desbravados e pouco reflectidos.  Esta é a educação que formou, que continua a formar e que continuará a formar

São contratados e, nómadas, seguem de cidade em cidade...

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O ano letivo chega ao fim a passos largos, ultimam-se os preparativos, os contratos começam a terminar, ora por substituições, ora fim de projetos, ora, simplesmente, porque o ano terminou. As malas começam-se a fazer e, carregados, seguem rumo aos seus lares que deixaram durante um ano inteiro, ou em pequenos períodos, apenas em prol de uma carreira, que se visa doente, perdão, docente. Ausentam-se da educação dos filhos, das suas relações, do círculo de amigos e rumam sem saber onde poderão ficar, o que esperar, o que fazer… rumam, tantas vezes, abandonados à sua sorte e aventuram-se por terras que não conhecem. Tudo começa, tudo recomeça, durante um ano, recomeçam um nova vida, cheia de novas adaptações, cheia de mudanças. Tantas vezes se fala nas adaptações dos alunos aos novos professores, que graças ao sistema, mudam de forma constante, prejudicando-os, “unicamente” a eles próprios,… mas, e os professores? Mas, e os professores contratados que, por vezes, dura

Ainda estamos a fazer praia… é uma aventura!

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Hoje é mais um dia de trabalho. A roupa prática, a bata, dão lugar a calções, a chinelos e a fato ou a calções de banho. O despertador tocou mais cedo, porque a hora de partida da escola, faz com que sejam dias em que o horário se prolonga, em que se tire o máximo de proveito de cada momento. Dias de praia… Pelo caminho, até à escola, reveem-se, mentalmente, todos os cuidados que se irão ter ao longo do dia: todos têm protetor, como pedido aos pais, todos trouxeram muda de roupa, toalhas, chinelos, mochilas, água… de um modo extremamente rápido cria-se uma checklist mental, para que, estes dias corram da melhor forma. Além de serem momentos fora da escola, são momentos importantes para explorar, para permitir que brinquem, para permitir que tenham cuidado, … são momentos que são planeados, de igual forma. O alvoroço na escola é evidente, a agitação tomou conta daqueles pequenos corpos, ansiosos por experimentarem mais um dia de praia. Os educadores e auxil

Velhos são os trapos, que não mudam a educação

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Muito se tem falado e escrito sobre o brincar. Alguns, os que se sentem mais desafiados, leem mais sobre o assunto. Alguns limitam-se a partilhar sem ler. Outros há que apenas criticam com medo da mudança, revelando-se os maiores conservadores, os que vivem à luz do "dantes é que era bom, há uns anos era assim, nada muda, nada se transforma".  Lidamos diariamente com esta atividade inata nas crianças. Tendemos favorecer estes momentos, como fundamentais para as aprendizagens e consolidação de conhecimentos, de resolução de problemas, de ultrapassar dificuldades. Por vezes, mais do que tendermos é tentarmos. São momentos em que sentem o perigo, o risco, a diversão e o desafio...  Há quem pense que, diariamente, nas práticas de cada um, o brincar é apenas mais um momento em que se permite que eles se desenvolvam sob o olhar atento dos adultos. Diz o Prof. Carlos Neto: "Brincar não é uma opção, é um direito". E realmente é. Apesar de sabermos que muito t