Os pés calçados e suados suspiravam pela liberdade, e assim foi.
A relva estava tão verde que brilhava ao sol. Os pés calçados e suados suspiravam pela liberdade, e assim foi... “ Querem fazer uma experiência? Tirem os sapatos, tirem as meias, podem andar descalços na relva.” O olhar espantado e o sentimento de fazerem algo que poderá ser proibido, levou-os a hesitar. Sentados no pequeno muro, olham atentamente à espera de novas indicações... “Descalcem-se e sintam a relva, o chão...” “Não posso tirar os sapatos, a mãe não deixa” Diz um deles a justificar essa resistência. Após o encorajamento para andarem descalços, o choro surge com o receio de sentir a relva nos pés. O choro surge como resistência ao toque da relva, da terra, aos bichos minúsculos que por ali se passeiam. Olham para a terra, para a relva, como algo que nunca sentiram, como algo em que nunca tocaram. E, apesar de estarem todos os dias naquele arvoredo, receiam em lhe tocar, receiam em senti-lo. Quão protegidos se tornaram, se por tocarem a relva