Hoje ficou a chorar...
Hoje ficou a chorar.
De manhã a entrada na sala não foi fácil.
Apesar de estar já adaptado, o choro foi a forma que encontrou para expressar a dificuldade que sentiu para esta transição.
"Pai"... Chamava ele. Apesar de ter a chucha para o acalmar, a fralda para o aconchegar, não era o suficiente.
O conhecimento que vamos construindo ao longo do dia, do ano, faz com que consigamos olhar para cada um destes pequenos e saibamos o que fazer. Mas, mais importante de saber o que fazer, é saber o que precisam.
E, neste momento, apenas precisa de mais atenção, de um abraço, de colo.
Neste momento, precisa de acalmar o coração acelerado e sentir-se seguro e tranquilo, nos meus braços. Neste momento, precisa que lhe digam "acalma-te, porque tudo isto faz parte do teu crescimento".
No entanto, este sentimento aperta-nos o coração e faz-nos repensar na nossa forma de receber os mais pequenos, direciona-nos para cada um, para cada necessidade, para cada individualidade, para cada ser. Faz-nos respeitar e valorizar este momento, faz-nos acolher da melhor forma que conseguimos, levando a que se a minimize qualquer comportamento preocupante relativo a esta transição.
Estico os braços e trepa ao longo das minhas pernas, do meu tronco, onde permanece imóvel e confortável. Aninha-se no colo na ânsia de se acalmar e de ter um momento de tranquilidade que seja apenas nosso. Ao sentir uma respiração mais tranquila, o seu coração volta a ter um batimento calmo, pausado e controlado.
O sorriso começa a querer surgir, a minha respiração regular e lenta, ajuda-o a acalmar e a perceber que tudo está bem e que mais uma vez, faz parte do seu crescimento, faz parte de um sentimento que se chama saudade.
#umacaixacheiadenada
Rui
Tão bom♥️
ResponderEliminarTão bom saber que existem profissionais de Educação com esta inteligência emocional apurada, que os leva a não desvalorizar algo tão comum a todas as famílias e, sobretudo, a perceber o quanto é importante a empatia e a resiliência...
E tão bom a tua decisão em partilhares as tuas reflexões!... Bem hajas.
Sílvia Filipe
o importante é descermos do andar de cima, conseguirmos ir até ao ré-do.chão, para que assim, se consiga responder como precisam. Se dizemos que queremos desenvolver o lado emocional, temos de ser o mais transparentes possível, através da nossa ação, aprendem e vivem as emoções.
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