O chão que pisamos é o chão onde brincamos.

O chão que pisamos é o chão onde brincamos. 

Diariamente, entramos na sala e mantemo-nos a observar, do nosso andar de cima, os pisos que se encontram lá em baixo, aqueles que são frequentados pelos mais pequenos e que estão muitas vezes inacessíveis, pela nossa incapacidade de descermos a patamares iguais aos que eles frequentam. 

Falamos de descer ao nível dos miúdos. 

Em creche, pendurados nos tectos continuam bonecos, tecidos, árvores, e tudo aquilo de que nos lembramos. No entanto, estão tão altos que nem os adultos lhes conseguem chegar. Ou por vezes, estão dispostos de forma a que sejam os adultos a tocar, a brincar, ou simplesmente a jogar ao desvia-tedosobstáculos. 

É um jogo divertido, que implica a movimentação  entre eles, sem que acertem em cheio na cabeça.,  

Mas... A intenção não era criar algo que potencie as brincadeiras dos mais pequenos? 
Sim, era... Era mesmo isso... Criar algo com que os miúdos se possam divertir... Possam brincar... Mas sem estragar! 

Se está pendurado ao tecto, agarrado da melhor forma que se consegue, eles podem brincar, desde que o façam em cima de um escadote, para que cheguem às alturas e possam usufruir daquilo que foi pendurado. 

Mas cuidado... Sem estragar! 

Estas brincadeiras que fazemos diariamente para eles, afinal são para os adultos. Estão no nosso andar... Assim sendo, o proveito será nosso. 

Conseguiremos aproveitar o rés do chão e tudo o que ele poderá proporcionar? 

Descer, de elevador, até ao andar necessário, torna-se fundamental para permitirmos uma relação terra a terra, para irmos ao encontro das expectativas dos mais pequenos, e consigamos ir subindo aos poucos, andar a andar... e, quando lá chegarem, sim, poderão brincar com o que está no teto. 

Mas atenção, sem estragar! 

#umacaixacheiadenada

Rui

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