Acolher para ser acolhido: o verdadeiro começo. (Adaptações)
Não são apenas as crianças que se adaptam ao início do ano letivo.
Educadores e auxiliares iniciam, também, todos os anos, um novo caminho: conhecer os nomes, conhecer e acolher as crianças, escutar as famílias, sentir as dinâmicas de cada grupo, sentir a individualidade.
A adaptação, para os adultos da escola, é aprender a olhar para aquele conjunto de crianças, específico, não como uma “turma”, mas como uma microcomunidade que se vai tecendo, construindo, dia após dia nas suas responsabilidades e relações.
Neste tempo, descobrem-se afinidades, encontram-se pontos de equilíbrio, de ajuste de práticas para que cada criança encontre o seu lugar. É uma resposta pedagógica adequada às reais necessidades das crianças.
É, também, uma adaptação feita de escuta às famílias, aos pais que chegam cheios de perguntas, expectativas e, muitas vezes, receios.
A presença do educador e do auxiliar não é apenas pedagógica ou de logística, é sobretudo uma presença humana. São eles que acolhem, confortam e dão segurança a quem todos os dias confia o que tem de mais precioso.
Por isso, este início de ano é, também, sobre nós, adultos da escola, profissionais da educação. É sobre a nossa capacidade de criar vínculos, relações, de olhar nos olhos, de construir e promover confiança.
Porque, quando nos adaptamos ao grupo, ajudamos o grupo a adaptar-se a nós. Este é um processo sério, de dar e de receber.
Acolham para serem acolhidos.

 
 
 
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