Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2025

Entre o deixar e o confiar

Imagem
Entre o deixar e o confiar O início do ano letivo não é só um processo de adaptação para as crianças, é, também, um momento de adaptação para os pais. É um momento delicado de deixar ir, de confiar e, ao mesmo tempo, de permanecerem presentes. É um tempo de crescimento, para todos. Os pais não deixam apenas os filhos na escola, deixam pedaços de si, deixam a preocupação: se vão comer, se vão brincar, se vão ser felizes, se vão ser bem cuidados. E isso merece ser reconhecido. E têm direito de o sentir. Mas, ao mesmo tempo, é importante compreender que a escola tem o seu ritmo, a sua organização e os seus profissionais, responsáveis e conscientes. O respeito pela individualidade da criança anda de mãos dadas com o respeito pelo trabalho de quem a acompanha todos os dias. Ser pai ou mãe numa escola é estar disponível para colaborar, participar e dialogar, mas também é saber dar espaço à adaptação. É acreditar que, quando se fecha a porta da sala, há uma equipa inteira a cuidar, a educar, ...

Acolher para ser acolhido: o verdadeiro começo. (Adaptações)

Imagem
Não são apenas as crianças que se adaptam ao início do ano letivo. Educadores e auxiliares iniciam, também, todos os anos, um novo caminho: conhecer os nomes, conhecer e acolher as crianças, escutar as famílias, sentir as dinâmicas de cada grupo, sentir a individualidade. A adaptação, para os adultos da escola, é aprender a olhar para aquele conjunto de crianças, específico, não como uma “turma”, mas como uma microcomunidade que se vai tecendo, construindo, dia após dia nas suas responsabilidades e relações. Neste tempo, descobrem-se afinidades, encontram-se pontos de equilíbrio, de ajuste de práticas para que cada criança encontre o seu lugar. É uma resposta pedagógica adequada às reais necessidades das crianças. É, também, uma adaptação feita de escuta às famílias, aos pais que chegam cheios de perguntas, expectativas e, muitas vezes, receios. A presença do educador e do auxiliar não é apenas pedagógica ou de logística, é sobretudo uma presença humana. São eles que acolhem, confortam...

O tempo da infância não tem pressa (adaptações)

Imagem
O tempo da infância não tem pressa (adaptações) O início do ano letivo é, para muitas crianças, um recomeço cheio de emoções misturadas: entusiasmo, curiosidade, medo, insegurança. A adaptação não se mede em dias de calendário, nem em horários rígidos, mede-se em vínculos, em relação, em sorrisos e abraços partilhados e na confiança que vai crescendo de forma invisível. Cada criança traz consigo a sua história, o seu ritmo e a sua forma única de viver o mundo. Algumas correm para a sala de braços abertos; outras preferem espreitar com passos tímidos. Ambas estão certas. Ambas precisam de ser respeitadas. Ambas precisam de tempo. A adaptação é um processo de escuta, onde os adultos devem estar dispostos a ouvir os medos, a dar espaço às lágrimas, a celebrar as pequenas conquistas. A adaptação é permitir que o brincar seja ponte entre o novo e o familiar. É compreender que a infância é feita de tentativas, de tempo e de cuidado. Se há algo que não podemos esquecer, é que a infância não s...