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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

Sinto-me aprisionada na minha profissão!

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Todos os dias vou trabalhar. Sei o que tenho de fazer. As orientações que me são dadas são precisas, "Deves mostrar trabalho! Os pais pagam para termos um bom serviço, um serviço de qualidade." Não me permitem argumentar, ou se o fizer nunca sou ouvida, nunca sou escutada como gostaria de fazer para com as crianças que tenho diariamente. A sala está cheia de cor, de tal forma, que por vezes até me faz pensar no exagero que ela própria se torna, na distração incrível e pouco intencional que se  vê refletida nas paredes para aquelas crianças. Mas continuo aprisionada ao que me obrigam a fazer, ao que me obrigam a ser, ao que obrigam aquelas crianças a sofrer. Sinto, diariamente, que mesmo quando surgem de sorriso no rosto, me levam a acreditar que as faço felizes, mesmo que não brinque tanto como desejaria, mesmo que não as leve à rua como gostaria, mesmo que não revele os meus princípios e a minha verdadeira essência na educação de infância. Afinal, torno-me

Hoje é apenas isto... e já dá muito que pensar!

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Não podemos, simplesmente, encaixotar as crianças e enviá-las, diretamente, para a fase adulta.  A Infância deve ser vivida e deve-se permitir que a vivam, só assim, serão adultos decididos, seguros de si mesmos e com a capacidade de arriscar, sem medo de errar! #umacaixacheiadenada Rui

Uma Caixa Cheia de Nada com a ChildDiary

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Olá a tod@s! Este post torna-se um pouco diferente dos restantes. Divulgo o vídeo gravado com a ChildDiary, onde a conversa girou em torno do brincar e, obviamente, da educação de infância.  Como dizia, e ao longo da entrevista foi algo que fiz questão de sublinhar, considero que a disponibilidade de cada um leva a que a envolvência e a qualidade da educação de infância se verifique na realidade e nas práticas! Num discurso extremamente informal, com o objetivo de chegar a todos, estivemos à conversa, ou se preferirem, em reflexão conjunta, porque a Educação de Infância é isto, partilha, reflexão, crescimento comum. A Educação de Infância não é feita de portas fechadas...falamos tantas vezes nos colegas da porta ao lado, mas nós somos os colegas da porta ao lado dos nossos vizinhos de sala!  Um enorme obrigado à Vanessa e à ChildDiary e, claro, a todos os que ousam a ver e ouvir!  Obrigado a todos os que seguem e fazem parte desta caixa.  #umacaixacheiadenada Rui

Mãe, estou cheio de comichão na cabeça!

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Mais um dia de escola passou, como tal, é sinal de que fora um dia agitado, um dia de muita brincadeira e um dia rico em aprendizagens e troca de experiências. É mais um dia do que realmente é viver no pré-escolar. De mochilas às costas seguem a toda a pressa para junto dos pais, de calças sujas, de sorriso no rosto, revelam as maiores evidências de um dia feliz e cheio de brincadeira. Ao chegar junto dos pais, dão o abraço que esperaram durante todo o dia, o abraço que mais ninguém conseguiria dar, o abraço daqueles que amam realmente. Na viagem para casa contam as novidades, contam o que fizeram e partilham as brincadeiras, as conquistas, as desilusões, as zangas e tudo o que lhes proporcionou um dia fantástico, mais um grande dia da sua infância. Chegados a casa e mesmo ansiosos por ir brincar, com algum desespero, alertam os pais, “mãe, estou cheio de comichão na cabeça.” De facto, aquilo que ninguém quer, apodera-se daquela pequena cabeça e torna-se um verdadeiro v