A grande velocidade...


Na rua, ao sol, a aproveitar esta manhã calma e de brincadeira, passeiam-se pelo parque na ânsia de descobrir o que ainda não foi descoberto. 

Brincam sozinhos ou com outras crianças, aprendem e esforçam-se para se desafiarem em relação ao que já fazem. Aventuram-se e saem da sua zona de conforto. Apoiados pelos mais crescidos, permite-se que os desafios que vão sendo lançados sejam reflexo das necessidades e interesses individuais. 

Eu disse individuais? 

De facto, sim! O desafio é conseguirmo-nos desafiar, a nós próprios, levando a que apoiemos cada um de forma individual, para que o nosso contributo possa ir ao encontro de uma necessidade real e não de uma necessidade ou interesse dos adultos. 

Mas voltando ao parque exterior... 
As correrias pelo chão vão acontecendo, as brincadeiras nas casinhas levam a que representem pequenas situações que vão vivendo e tornando-as elementos importantes dessas representações. 

A toda a velocidade, percorrem o parque nos seus veículos. É esforço reconhecido, porque apesar de não chegarem aos pedais, ou de não terem força para fazer o triciclo se mover, continuam motivados para o fazer andar. 

Vão à velocidade do tamanho das suas pernas, vão à velocidade que lhes é permitida pelo seu esforço! 

Mas esforçam-se, andam... 

Mas se a imaginação os leva a andar por todo aquele parque numa verdadeira corrida, na realidade, dão pequenos passos que fazem o meio de transporte andar lentamente, e muitas vezes, anda a marcha à ré, e não em frente como o desejavam... 

Mas, andam... Andam fruto de um esforço, de uma motivação. 
Andam alimentados pelo interesse e pela capacidade de não desistir! 
Andam... Andam simplesmente... 

E se o objetivo é apenas fazer o triciclo andar, acabaram de o conseguir. Para a frente ou para trás, não importa. Importa mesmo entender que conseguiram, e mais uma vez, saíram da sua zona de conforto! 

#umacaixacheiadenada

Rui 

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