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A mostrar mensagens de junho, 2021

O tempo que não é teu, mas delas (as crianças)!

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Para. Senta-te, num canto. Deixa-te envolver pelas 25 tentativas que tens à tua frente.  Existem risos, diálogos, relações que se criam e se interligam de acordo com o que vão construindo, com o que vão brincando. Deixa-te observar, vê as tentativas, as conquistas, as formas diferentes de expressão, envolve-te e constrói o que precisas para os observar neste momento de aprendizagem. Consegues sentir o que sentem? Não.  Consegues ler os seus pensamentos, as suas planificações complexas? Não! Então observa.  Enriquece o espaço e as experiências com base nessa observação.  Planifica de acordo com o que vês, com o que sentes, com o que te fazem sentir. É difícil? Bastante! São tantas as observações a fazer, tantas as oportunidades a construir, tantas crianças para conhecer de uma forma única, reconhecendo fragilidades e potencialidades individuais. Deixa os trabalhos de lado, as fichas, as pastas (que queres cheias), as folhas brancas, centra-te no principal, as crianças. Deixa-te levar pe

Eles não podem passar a vida a desenhar pandas. E as letras?

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Se ainda agora estávamos a iniciar o 3º período, já vemos o fim do ano a aproximar-se a passos largos e…. tanto ficou por fazer. O sentimento que nos começa a invadir, de não se ter concretizado tudo o que queríamos, leva-nos a entrar numa batalha contra o tempo, em que as prioridades se vão centrando no que se vai enviar para casa, nas vivências que se queriam proporcionar e não se criaram, basicamente, nos planeamentos centrados no adulto e não nas crianças. Mesmo que, tenham surgido propostas das crianças que nem sempre se tornam de fácil concretização, temos de saber reconhecer quais os caminhos que devemos seguir: aqueles que mantêm o interesse dos mais pequenos ou aqueles que consideramos pertinentes. No fundo, todos são pertinentes, mas nem todos os têm como o centro. Este envolvimento claro, leva-nos a criar formas de estar nas nossas práticas que tendem a valorizar os espaços, não como cenários de aprendizagem, mas como pistas de corrida para alcançar o desejado final de ano c

Rui disseram-me: As crianças são o futuro!

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Quando hoje começaram a chegar, vinham com um sorriso de orelha a orelha, ansiosos por mais um dia de brincar. Mas hoje, o dia era diferente (dizem os entendidos ou aqueles que se lembram do brincar e das crianças neste dia!) Os sorrisos rasgados vinham a toda a pressa, entravam na sala acompanhados de um bom dia e de um abraço quente, cheio de saudades, cheio de afeto e de sentir que queremos estar todos aqui, juntos. Ainda ontem aqui estivemos, mas estes abraços renovam este sentimento diariamente e não os podemos desvalorizar. São sinceros. Vem um e logo depois outro. Entram e espalham-se pela sala a fazer o que nós chamamos brincar, aquilo que deveríamos valorizar hoje, no dia das Criança e nos restantes dias do ano. Aquelas pequenas mãos agarram legos, quantos conseguem, outros até caem, porque a carga passou o limite de carga. Aquelas mãos que me abraçaram, aqueles braços que me apertaram são agora os braços e as mãos que constroem e tentam, a todo o custo, tornar real o que imag